Esta fotografia foi tirada em Lisboa e tem uma linguagem simbólica para mim. Toda ela é uma alegoria existencial. E a sua mensagem é puro existencialismo. Fala de escolhas, liberdade, facticidade, responsabilidade e sentido.
A pessoa que ali vai sou eu, enquanto ser livre que sou para fazer as minhas escolhas.
Essa rampa, a direito e longa, representa o caminho realizado a partir das minhas escolhas e do sentido que lhes dou.
O céu, lá ao fundo, o meu projecto de ser que vai sendo actualizado todos os dias.
As paredes em betão do corredor, os limites da minha liberdade (desenhado pelas escolhas que fui fazendo e pelo que sou e não sou capaz de fazer).
Ter escolhido caminhar aquele percurso representa a minha responsabilidade.
E o edifício lá no fundo deste cenário, a facticidade, ou seja, tudo o que não posso controlar, e tudo o que me foi dado neste tempo histórico em que vivo.
Acho que o título “Uma Liberdade Concreta” assenta bem nesta fotografia.
